sábado, 26 de junho de 2010

A História da França

História da França



A região onde hoje está localizada a França aparece na história ocidental com a presença dos gregos em Massilia (a atual Marselha), em 600 a.C. Encontraram ali os celtas, ocupantes deste o início do Século VIII antes da era Cristã. Em 121 a.C., o domínio romano começa a se estender sobre o território da chamada Gália, poder este que é consolidado por Julio César, em sua vitoriosa campanha realizada entre 57 e 52 a.C. Na ocasião, o general romano venceu as forças rebeldes chefiadas pelo chefe gaulês Vercingetórix e iniciou a divisão da Gália em províncias sob o controle de Roma. Ao longo de três Séculos, gauleses bárbaros e latinos forjaram a civilização gálico-romana. Com a romanização da região, o latim foi adotado como língua local. Todavia, a cultura celta ainda permanecia enraizada nos costumes do povo.

A partir da segunda metade do Século III da Era Cristã, tribos de alamanos e francos ultrapassam fortificações romanas no Reno e começam a se estabelecer na Gália. A tribo germânica dos francos provavelmente teve origem na região da Panônia (situada na atual Hungria). Em meados do século IV, o imperador romano Juliano cedeu a Gália aos francos, integrando-os ao Império como aliados federados. Com este ato, Juliano pretendia amenizar os constantes atritos envolvendo os francos. As modernas fronteiras francesas são muito semelhantes às fronteiras da antiga Gália.

A França está entre os protagonistas de alguns eventos marcantes a história da humanidade, como: o feudalismo; as Cruzadas; o Renascimento e da expansão do mercantilismo após os grandes descobrimentos.


Ao longo do século XVII, tornou-se uma forte potência européia e ultramarina. Muitos historiadores creditam este fortalecimento aos atos dos cardeais Richelieu e Mazarino, renomados conselheiros reais. Paradoxalmente, o grande crescimento econômico insuflou, na burguesia, o ressentimento por estar afastada da direção do país.

No século XVIII, a França envolveu-se em dispendiosas guerras, ao passo que investia numerosas somas na sua rivalidade com a Inglaterra. Além disso, sua política de privilégios concedidos ao clero e nobreza gerava crescente insatisfação do chamado: Terceiro Estado. Em 1789, os representantes do povo nas Cortes convocadas por Luís XVI proclamaram a constituição da Assembléia Nacional, o primeiro passo na direção da monarquia constitucional. Contudo, Luís XVI não se mostrou disposto a colaborar com esta reforma política, provocando uma reação violenta por parte da população, insuflada pela burguesia, cujo clímax se registrou com a tomada da Bastilha, em 14 de Julho de 1789. Em 4 de agosto deste ano foi estabelecida a igualdade civil, aboliu-se o feudalismo e proclamaram-se os Direitos do Homem. Fez-se então, com a Assembléia Legislativa (1791-1792), uma tentativa de monarquia constitucional, que fracassou, ocasionando a queda da realeza (10 de agosto de 1792). A Convenção (1792-1795) salvou a França da invasão estrangeira, após período no país. Contudo, a fraqueza dos sucessivos governos abriu caminho para o governo de Napoleão Bonaparte, que organizou uma administração centralizada e sancionou, no Código Civil de 1804, as reformas de 1789. Daí, podemos avaliar que a Primeira República (1792-1804), criada após a queda da monarquia Bourbon, durou até o Primeiro Império (1804-1814), sob o domínio de Napoleão I, quando a França tornou-se a potência política dominante na Europa.

Durante seu governo, Napoleão uma das figuras mais emblemáticas da História Mundial de todos os tempos - travou uma incessante luta contra as demais potências européias. Os gastos com as guerras, os recrutamentos militares e a queda nos lucros da burguesia o tornaram bastante impopular. Depois da queda de Bonaparte, após a derrota em Waterloo, os Bourbons reinstalaram-se no trono - Luís XVIII (1814-1824) e Carlos X (1824-1830) - apesar de uma breve tentativa de restabelecimento do Império (os Cem Dias, em 1815).

Ponte Alexandre III, sobre o Rio Sena. Construída no final do século 19 como parte dos projetos para a Exposição Universal de 1900. É uma das mais belas de Paris. Seu nome homenageia o czar Alexandre III, simbolizando a amizade franco-russa da época. A monarquia durou até a abdicação de Luís Filipe (1848). Nesta ocasião foi criada a Segunda República. Contudo, ondas de revoltas operárias serviram como justificativa para lançar novamente a República nos braços do conservadorismo. A Segunda República durou até 1852, quando Napoleão III proclamou o Segundo Império (1852-1870). Deu-se então a expansão do império francês, particularmente no sudeste asiático e no Pacífico.


Torre Eiffel

A Torre Eiffel foi construída por Gustave Eiffel para a Exibição Universal de 1889, em Paris, realizada na data do centenário da Revolução Francesa. Uma estrutura revolucionária para a época. Ainda hoje, é um dos principais símbolos de Paris e da França.


A Torre levou dois anos para ser concluída e foi inaugurada pelo Príncipe de Gales que, posteriormente, tornou-se o Rei Eduardo VII do Reino Unido. Até a época da construção da Torre Eiffel, a edificação mais alta erguida por seres humanos era a Grande Pirâmide de Quéops, no Egito, com 138 metros de altura e quase cinco mil anos de idade. A Torre Eiffel permaneceu como a construção mais alta do mundo até 1930.


Dados Construtivos da Torre Eiffel


A Torre tem 300 metros de altura. Somando-se a extensão da antena, a altura total da Torre é de 320,75 metros. Seu peso total é de sete mil toneladas, incluindo 40 toneladas de tinta. Possui 15 mil peças de aço e 1652 degraus até o topo. Felizmente, um sistema de elevadores também foi instalado. A Torre possui três plataformas. Do topo, o ponto mais alto de Paris, tem-se uma vista panorâmica da cidade. De tirar o fôlego quando existem poucas nuvens. Mais

Gustave Eiffel

Gustave Eiffel, o arquiteto e construtor da famosa Torre, nasceu em Dijon, na França, em 1832. Graduou-se pela Ecole Centrale des Arts et Manufactures, em 1855, no mesmo ano em que Paris sediou a primeira Exibição Universal. Tornou-se um importante construtor de pontes metálicas para ferrovias e utilizou o domínio desse conhecimento para projetar a Torre que leva o seu nome. Gustave Eiffel também foi o responsável pela estrutura interna da Estátua da Liberdade, em Nova York. Depois da construção da Torre, Eiffel dedicou-se a estudos científicos nos campos de meteorologia, radiotelegrafia e aerodinâmica. Faleceu em 27 de dezembro de 1923.


Gustave Eiffel 1923

Fatos Interessantes

Apesar de sua estrutura colossal, a Torre Eiffel foi construída apenas para a Exibição Universal de 1889 e previa-se sua demolição após a Exibição. Seu uso para estudos meteorológicos e o bom senso dos parisienses evitaram que tal bobagem ocorresse. A primeira plataforma possui um bom restaurante. Se você que desfrutar de uma excelente cozinha francesa e jantar observando uma fantástica vista de Paris, é absolutamente necessário fazer reserva com antecedência. Quando a conta chegar, não se assuste: não é o preço da Torre é apenas o da refeição.

Arco do Triunfo

O Arco do Triunfo (L'Arc de Triomphe) fica na Place Charles de Gaulle. Encomendado por Napoleão após sua vitória em Austerlitz, foi concluído em 1836.

A captura e exílio de Napoleão III, bem como a derrota francesa na guerra franco-prussiana selaram o fim do Segundo Império, dando lugar ao surgimento da Terceira República (1870-1940). Após o seu fortalecimento, após as eleições de 1879, o país só se estabilizou 1899, com a subida ao poder de uma coligação entre o Partido Radical e o Partido Moderado, permitindo um período de desenvolvimento econômico e social que seria interrompido em 1914, com o início da Primeira Guerra Mundial.


Sua situação financeira voltou à estabilidade em 1928, apresentando bons índices de crescimento. Contudo, a crise mundial de 1929 lançou a França novamente num quadro de crise e instabilidade econômica, que foi agravada pelas lutas partidárias e pela inconstância ministerial. A política externa francesa, durante a década de 1930, foi pontilhada por conflitos diplomáticos com a Alemanha, ainda ressentida pelas humilhações impostas pelo Tratado de Versalhes. A situação se agravou em 1938, quando a Alemanha nazista anexou a Áustria, depois os Sudetos e a Tchecoslováquia (1939). Quando os exércitos alemães penetraram na Polônia, França e Inglaterra declararam guerra ao Reich (3 de Setembro de 1939), iniciando a Segunda Guerra Mundial. A Terceira República caiu em maio de 1940, após a derrota para a Alemanha de Hitler e a destituição do presidente Albert Lebrun.


O norte da França foi ocupado pelos alemães; a França não-ocupada estava sob o governo colaboracionista de Vichy, sob a liderança do marechal Philippe Pétain, e o governo da França Livre foi proclamado em Londres. Na zona livre, em Vichy, a maioria da Assembléia Nacional concedeu plenos poderes ao marechal Pétain para elaborar uma nova Constituição do "Estado francês". O governo de Vichy adotou uma política de colaboração com os vencedores, que aumentaram sua influência sobre o país, apesar da Resistência Francesa.


Gereral Charles de Gaulle 1943

Em maio de 1943, o general De Gaulle chegou a Argel: um Comitê francês de libertação nacional foi criado em 3 de Junho de 1944 e transformado em governo provisório da República Francesa. Em 6 de Junho de 1944, os Aliados desembarcaram na Normandia e avançaram em direção a Paris, libertada em 25 de Agosto deste ano. Até 1947, a França foi governada pelo Governo Provisório. Em desacordo com a maioria da primeira Assembléia Constituinte, o general De Gaulle pediu demissão em janeiro de 1946. Seguiu-se o estabelecimento da Quarta República com Vincent Auriol como presidente. O conflito indochinês (1946-1954), a agitação na Tunísia (1952) e no Marrocos (1953-1956), o desenvolvimento, a partir de 1954, da rebelião argelina, deterioram progressivamente a autoridade da Quarta República, que sofria ainda o aumento da inflação. Em maio de 1958, manifestou-se uma crise governamental particularmente grave, enquanto em Argel se criava um "Comitê de Salvação Pública". Em 1º de junho, o general De Gaulle foi chamado à presidência do Conselho, instaurando a Quinta República.

Nenhum comentário: