terça-feira, 15 de março de 2011

Papa João Paulo II


O Venerável Papa João Paulo II (em latim: Ioannes Paulus PP. II, em italiano: Giovanni Paolo II, em polonês: Jan Paweł II), nascido Karol Józef Wojtyła (18 de maio de 1920 – 2 de abril de 2005), foi o Sumo Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana e Soberano da Cidade do Vaticano de 16 de outubro de 1978 até a sua morte. Teve o terceiro maior pontificado documentado da história; apenas os papas São Pedro reinou trinta e quatro anos, e Papa Pio IX reinou por trinta e um anos. Foi o único Papa eslavo e polonês até a sua morte, e o primeiro Papa não-italiano desde o holandês Papa Adriano VI em 1522.[1]
João Paulo II foi aclamado como um dos líderes mais influentes do século XX.[2] É amplamente difundido que ele Sua Santidade fundamental para o fim do comunismo na Polônia e talvez em toda a Europa[2][1][2][3][4][5][6][7], bem como significante na melhora das relações da Igreja Católica com o Judaísmo,[1][7][8] Islã,[9][10] Igreja Ortodoxa,[1] e a Comunhão Anglicana.[1][11] Apesar de ter sido criticado[1][7][12] por sua oposição à contracepção e a ordenação de mulheres, bem como o apoio ao Concílio Vaticano II e sua reforma das missas,[1][13][14] também foi elogiado.[1][12]
Foi um dos líderes que mais viajou na história, tendo visitado 129 países durante o seu pontificado.[5] Sabia falar os segiuntes idiomas: italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além do polonês, sua língua nativa.[15] Como parte de sua ênfase especial na vocação universal à santidade, beatificou 1 340 pessoas e canonizou 483 santos,[16][17][18] quantidade maior que todos os seus predecessores juntos pelos cinco séculos passados.[18][19][20][21][22][23] Em 2 de abril de 2005, faleceu devido a sua saúde débil e o agravamento da doença de Parkinson. Em 19 de dezembro de 2009, João Paulo II foi proclamado "Venerável" pelo seu sucessor papal, o Papa Bento XVI[24][25][26][27], tendo a beatificação prevista para 1º de maio de 2011.[28]
História pessoal
Karol Józef Wojtyła ( pronunciação polaca ajuda · ficheiro · ouvir) nasceu em Wadowice,[29] uma pequena localidade ao sul da Polónia, a 50 quilómetros de Cracóvia;[29] filho de um tenente do exército dos Habsburgos, de quem herdou o nome, também chamado Karol Wojtyła. O seu irmão José, ao formar-se em engenharia civil, transformou-se na esperança de sustento da família, uma vez que o soldo do tenente Wojtyła era insuficiente para tal.
Em 1929, foi contractado para o arrentela como defesa central.,[30] Em 1931, morreria o irmão, de escarlatina. Karol perderia o pai poucos dias antes de completar 22 anos. Nesta altura a Polónia enfrentava, juntamente com grande parte da Europa, as consequências da invasão alemã e depois soviética da Segunda Guerra Mundial. Assistiu, portanto, ao assassinato de vários dos seus amigos e colegas.
Manifestando interesse pelo teatro — cuja participação potenciava apoios à resistência polaca contra o nazismo —, pela música popular e pela literatura, a sua juventude foi marcada por intensos contactos com a então ameaçada comunidade judaica de Cracóvia, e pela experiência da ocupação alemã, durante a qual trabalhou numa fábrica de produtos químicos para evitar a sua deportação à Alemanha nazista. Atleta (chegou a actuar como jogador de futebol numa equipa amadora de Wadowice) e, muito religioso, (foi fundador de uma Congregação Mariana no seu colégio), Karol Wojtyła foi ordenado sacerdote católico em 1 de Novembro de 1946 pelo então cardeal-arcebispo de Cracóvia, Adam Stefan Sapieha.
Foi docente de Ética na Universidade Jaguelónica e posteriormente na Universidade Católica de Lublin. Em 28 de Setembro de 1958 foi nomeado bispo auxiliar de Cracóvia e quatro anos depois chega ao cargo máximo na sua diocese. Em 30 de Dezembro de 1963 é apontado por Paulo VI como arcebispo de Cracóvia. Na qualidade de bispo e arcebispo, Wojtyła participa no Concílio Vaticano II, contribuindo para a redacção de documentos que se tornariam na Declaração sobre a Liberdade Religiosa (Dignitatis Humanae) e a Constituição Pastoral da Igreja no Mundo Moderno (Gaudium et Spes), dois dos mais historicamente importantes e influentes resultados do concílio. Foi elevado a cardeal pelo Papa Paulo VI em 28 de Junho de 1967.
Hábitos religiosos


Segundo o livro Why a Saint? publicado em janeiro de 2010 por Slawomir Oder, monsenhor que cuida processo de beatificação de João Paulo II, o Papa realizava a prática conhecida no Cristianismo como mortificação, ou seja, auto-flagelação, para atingir um grau mais próximo de Deus. Oder diz que no armário do pontífice existia uma cinta utilizada para executar o ato e que também Karol Wojtyla dormia algumas vezes no chão para praticar ascetismo.[31]

Brasão e lema

Descrição: Escudo eclesiástico. Campo de azul, com uma cruz latina de jalde adestrada acompanhada de uma letra "M" do mesmo, no cantão senestro da ponta. O escudo está assente em tarja branca. O conjunto pousado sobre duas chaves "decussadas", a primeira de jalde e a segunda de argente, atadas por um cordão de goles, com os seus pingentes. Timbre: a tiara papal de argente com três coroas de jalde. Sob o escudo, um listel de blau com o mote: "TOTVS TVVS", em letras de jalde. Quando são postos suportes, estes são dois anjos de carnação, sustentando cada um, na mão livre, uma cruz trevolada tripla, de jalde.
Brasão pontifício de João Paulo II.
Interpretação: O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. O campo de blau representa o firmamento celeste e ainda o manto de Nossa Senhora, sendo que este esmalte significa: justiça, serenidade, fortaleza, boa fama e nobreza. A cruz é o instrumento da salvação de todos os homens e representa Jesus Cristo e, sendo de jalde (ouro), simboliza: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio. A letra "M" representa a Virgem Maria, que segundo a doutrina católica seria a principal intercessora do gênero humano, e esteve todo o tempo junto à cruz de seu Filho ("Iuxta crucem lacrimosa" Cf. Jo 19,25), sendo de jalde (ouro), tem o significado já descrito deste metal. Os elementos externos do brasão expressam a jurisdição suprema do papa. As duas chaves "decussadas", uma de jalde (ouro) e a outra de argente (prata) são símbolos de suposto poder espiritual e poder temporal. E são uma referência do poder máximo do Sucessor de Pedro, relatado no Evangelho de São Mateus, que narra que Jesus Cristo disse a Pedro: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu" (Mt 16, 19). Por conseguinte, as chaves são o símbolo típico do poder supostamente dado por Cristo a São Pedro e aos seus sucessores. A tiara papal usada como timbre, representa, por sua simbologia, os três poderes papais: de Ordem, Jurisdição e Magistério, e sua unidade na mesma pessoa. No listel o lema "TOTVS TVVS", é uma expressão da imensa confiança do papa na Virgem Maria: "Sou todo teu, Maria", sendo que ele colocou toda a sua vida sacerdotal sob a proteção da Virgem.

Pontificado

Mapa que representa os países que o Papa João Paulo II visitou ao longo do seu pontificado. É o Papa que visitou o maior número de países.
Com mais de 26 anos, é o terceiro pontificado mais longo da História da Igreja Católica. Alguns números que se destacam são o de viagens pastorais fora da Itália (mais de 100, visitando 129 países e mais de 1000 localidades), cerimónias de beatificação (147) e canonizações (51), nas quais foram proclamados 1338 beatos e 482 santos. É considerado pelo seu carisma e habilidade para lidar com os meios de comunicação social, o Papa mais popular da História.
A primeira metade do seu pontificado ficou marcada pela luta contra o comunismo na Polónia e restantes países da Europa de Leste e do mundo. Muitos polacos consideram que o marco inicial da derrocada comunista foi o discurso de João Paulo II em 2 de Junho de 1979, quando falou a meio milhão de compatriotas em Varsóvia e destacou o trabalho do Solidariedade. "Sem o discurso de Wojtyla, o cenário teria sido diferente. O Solidariedade e o povo não teriam se sentido fortes e unidos para levar a luta adiante", acredita o escritor e jornalista Mieczylaw Czuma. "Foi o papa que nos disse para não ter medo." Dez anos depois, as eleições de 4 de Junho de 1989 foram uma "revolução sem sangue" e encorajaram outros países do bloco comunista a se liberar de Moscovo. A data tornou-se simbólica da fim do socialismo real. O movimento sindical Solidariedade, liderado por Lech Walesa, obteve a vitória nas primeiras eleições parcialmente livres de todo o bloco comunista.[32]
João Paulo II criticou fortemente a aproximação da Igreja com o marxismo nos países em desenvolvimento, e em especial a Teologia da Libertação.[33]
"Não é possível compreender o homem a partir de uma visão económica unilateral, e nem mesmo poderá ser definido de acordo com a divisão de classes.", disse aos bispos brasileiros em 26 de Novembro de 2002.[34] Durante a sua visita a Cuba, em Janeiro de 1998, que marcou o fim de 39 anos de relações tensas entre a Igreja Católica e o regime de Fidel Castro, condenou o embargo económico dos E.U.A. ao país. Em 2003, por intermédio do cardeal Angelo Sodano, enviou uma carta ao presidente Fidel Castro criticando "as duras penas impostas a numerosos cidadãos cubanos e, também as condenações à pena capital".[35]
João Paulo II em visita ao Parlamento Polaco a 11 de junho de 1999.
Condenou também o terrorismo e o ataque ao World Trade Center ocorrido em 11 de Setembro de 2001, nos Estados Unidos da América.[36]
Em relação ao Concílio Vaticano II, no qual João Paulo II participou, ele tentou activamente continuar as reformas e as ideias saídas deste Concílio, nomeadamente sobre o ecumenismo e sobre a abertura da Igreja ao mundo moderno. O Cónego João Seabra afirmou que João Paulo II "é um homem do Concílio, na sua doutrina, na sua concepção do mundo, na sua pastoral. O seu modelo de Igreja é da Lumen Gentium, a sua liturgia é da Sacrosanctum Concilium, a sua pastoral social é da Gaudium et Spes, João Paulo II é o Concílio em Marcha. Nesse sentido o concílio, na maneira como foi lido e aplicado pelo grande Papa João Paulo II, teve uma grande importância na queda do comunismo".[37]

Diálogo inter-religioso

Promotor de uma aproximação às outras grandes religiões monoteístas do mundo,[carece de fontes?] João Paulo II enfrentou no entanto acusações de "proselitismo agressivo" feitas pelo mundo ortodoxo. A reconciliação com os judeus marcou a sua viagem à Terra Santa em Março de 2000 e uma "viragem" nas relações entre as duas religiões.
Motivou o diálogo interreligioso, o ecumenismo e a cultura da paz, sendo o primeiro Sumo Pontífice a visitar o Muro das Lamentações, em Jerusalém, a 26 de Março de 2000, e onde pediu perdão pelos erros e crimes cometidos pelos filhos da Igreja no passado. Foi o primeiro a pregar numa sinagoga, a entrar numa mesquita (em Damasco, Síria), e a promover jornadas ecuménicas de reflexão pela paz em Assis (Oração Mundial pela Paz). Fez a primeira visita de um Sumo Pontífice católico à Grécia desde a separação das Igrejas Católica e Ortodoxa no cisma de 1054.

João Paulo II, determinou a devolução à Igreja Ortodoxa Russa do Ícone de "Nossa Senhora de Kazan", a "Theotokos" e sempre Virgem Maria. No dia 28 de Agosto de 2004, a "Solenidade da gloriosíssima Dormição da Theotokos", delegação representativa da Igreja Católica, chefiada pelo Cardeal Walter Kasper, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, entregou o Ícone, depois de um solene ofício na Catedral da Dormição no Kremlim, em Moscovo, em que participaram numerosos fiéis.[38][39][40]

Diálogo com os jovens

Foi grande incentivador do Movimento Escoteiro, visitando eventos mundiais e europeus da maior organização juvenil do mundo.[carece de fontes?]

Diálogo com os mortos

Perante cerca de 20 mil pessoas na Basílica de São Pedro, em 2 de Novembro de 1983, disse (no contexto orativo católico) : "O diálogo com os mortos não deve ser interrompido, pois, na realidade, a vida não está limitada pelos horizontes do mundo".[41]

Diplomacia

A mediação pontifícia de João Paulo II permitiu que o Chile e a Argentina chegassem a um acordo no conflito sobre os seus limites territoriais na região austral (Canal de Beagle) que ameaçava levar os dois países à guerra. Em 22 de dezembro de 1978 o Papa enviou o cardeal italiano Antonio Samoré ao governo dos dois países como emissário pessoal o que levou a assinatura dos Acordos de Montevidéu, no Palácio Taranco, a 18 de janeiro de 1979 - através do qual os dois Estados recorreram formalmente à mediação do papa - e à conclusão do dissentimento sobre a Região Austral, com a assinatura do Tratado de Paz e Amizade assinado diante do papa, na Capela Paulina (Vaticano), no dia 29 de novembro de 1984.[42]

Visitas papais

Ao todo foram 104 as visitas realizadas por João Paulo II pelo mundo quebrando o antigo costume dos papas não saírem do Vaticano ou de fazê-lo pouquíssimas vezes em circunstâncias especiais ou em ocasiões extraordinárias.

Visitas ao Brasil


Na Nunciatura Apostólica, em 1991, por ocasião da segunda visita ao Brasil.
O Papa João Paulo II visitou o Brasil quatro vezes. A primeira vez foi em 1979, em que visitou a cidade do Rio de Janeiro. Na segunda vez chegou ao meio-dia de 30 de junho de 1980 e percorreu treze cidades em apenas doze dias. A maratona teve um total de 30.000 km. Entrou por Brasília e partiu por Manaus.
A terceira foi entre 12 e 21 de outubro de 1991. O Papa não costumava beijar o solo de um país que ele já tinha visitado, mas no Brasil ele quebrou a tradição. Visitou sete cidades e fez 31 discursos e homilias.
Esteve também no Brasil entre 2 e 6 de outubro de 1997. O Papa sempre demonstrou grande amor pelo Brasil, o país com mais católicos no Mundo. Inclusive, na sua primeira visita, chegou a demonstrar o seu apoio ao movimento sindical, então liderado por Lula, em aberto desafio ao governo militar brasileiro – uma situação parecida com a da sua Polónia natal.
João Paulo II com o cantor Roberto Carlos a 5 de outubro de 1997, na sua quarta visita ao Brasil. Destacou-se, numa dessas visitas ao país, a música "A bênção, João de Deus", composta para a ocasião por Péricles de Barros. Em visita à cidade do Rio de Janeiro declarou: "Se Deus é brasileiro, o Papa é carioca".[43]

Visitas a Portugal

João Paulo II visitou Portugal 4 vezes, em 1982, 1991 e 2000 foram visitas apostólicas e em 1983 fez escala em Lisboa onde discursou. A primeira visita, de 12 a 15 de maio de 1982, ocorreu um ano após o atentado de que foi vítima em 13 de maio de 1981. Nesta visita o Papa João Paulo II depositou a bala do atentado sofrido no ano anterior em plena Praça de São Pedro no altar da Nossa Senhora de Fátima ainda hoje a mesma bala se encontra na coroa de Nossa Senhora de Fátima no Santuário de Fátima. Em 14 de Maio visitou o Santuário de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal, em Vila Viçosa. Na manhã de 15 de maio visitou o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro em Braga e à tarde viajou de helicóptero até ao Porto, onde presidiu a uma missa celebrada junto à câmara municipal, na avenida dos Aliados.
Em 2 de março de 1983 fez uma escala em Lisboa na viagem à América Central. De 5 a 13 de maio de 1991 esteve nos Açores, na Madeira, Lisboa, e novamente em Fátima. A sua última visita, em que beatificou os videntes de Fátima, Jacinta e Francisco, teve lugar em 12 e 13 de maio de 2000, em Fátima.

Documentos Pontifícios

Ao todo são 14, as encíclicas escritas por João Paulo II ao longo do seu pontificado e diversos os pronunciamentos sobre todos os campos da atividade humana onde houvesse necessidade de se dar um critério ético ou moral de ação.
Funeral de João Paulo II na Basílica de São Pedro.
Funeral de João Paulo II. Presidido pelo futuro Bento XVI, em Roma.
Túmulo de João Paulo II, lápide que anteriormente guardava os restos mortais do Papa João XXIII.

Tentativa de assassinato

Três anos depois de ter sido eleito Papa, é vítima de grave atentado na Praça de São Pedro, no dia 13 de Maio de 1981, por parte do turco Ali Agca, o atentado contra o papa terá sido decidido pelo ditador comunista Leonid Brejnev e organizado por serviços militares soviéticos, os serviços búlgaros teriam servido de "cobertura", enquanto que a Stasi, da RDA, teria sido encarregada da "desinformação".
Agca passou 19 anos em prisões italianas, sendo depois extraditado para a Turquia, onde foi condenado a prisão perpétua pelo assalto a um banco nos anos 1970 e pelo assassínio de um jornalista em 1979, pena depois comutada para dez anos de prisão.[44]
Internado de urgência na Policlínica Agostini Gemelli, o papa foi submetido a delicada cirugia de cinco horas e vinte minutos, com extirpação de 55 centímetros de intestino. A 20 de Junho, 17 dias depois de ter alta, é internado de novo na mesma clínica de Roma para ser tratado de uma infecção de cytomegalovirus, resultante da operação anterior.
Coincidentemente, os tiros disparados contra o Papa foram feitos no dia 13 de maio. Nesta data, em 1917, Nossa Senhora de Fátima teria feito a sua primeira aparição aos três pastorinhos. O Pontífice sempre afirmou que a Virgem Maria teria "desviado as balas" e salvo a sua vida nesse dia. Um ano depois, a 13 de maio de 1982 e já recuperado, João Paulo II visita pela primeira vez o Santuário de Nossa Senhora de Fátima para agradecer à Virgem o ter salvo. O Santo Padre ofereceu uma das balas que o atingiu ao Santuário. Essa bala foi posteriormente colocada na coroa da Virgem, onde permanece até hoje.[45]

Saúde Frágil

A saúde de João Paulo II foi motivo de preocupação para os muitos milhões de católicos em todo o Mundo. O historial clínico daquele que foi apelidado de "Atleta de Deus", devido á sua extraordinária compleição física, tem ínicio nos anos 1940, quando é atropelado em Cracóvia por um camião militar alemão, sofrendo um fractura de crânio. A 12 de Julho de 1982, sofre nova intervenção de quatro horas na Policlínica Gemelli, para remoção de um tumor benigno do cólon (com as dimensões de uma laranja) e da vesícula biliar.
A 11 de Novembro de 1993, sofre uma queda durante uma audiência no Vaticano, com fractura de uma omoplata, vindo a ser operado na mesma Policlínica. Em 1994, sofre nova queda, quando saía do banho no seu aposento privado, com fratura no fémur direito. É-lhe implantada uma prótese de titânio em substituição da cabeça do fémur. Ainda nos anos 1990, começa a manifestar sintomas de Parkinson, que se acentuam cada vez mais: tremor da mão esquerda, coluna curvada, olhar ausente. A 8 de Outubro de 1996, ingressa uma vez mais na Gemelli, para remoção do apêndice. Em Março de 2002, é diagnosticada uma artrose no joelho direito, o que o obriga a deslocar-se numa cadeira de rodas especial, que utiliza para presidir às celebrações e outros actos. Em Setembro de 2003, durante a visita à Eslováquia, já são visíveis as dificuldades de João Paulo II para respirar e mover-se. Em Setembro do mesmo ano, tem que anular uma audiência geral devido a oclusão intestinal. A 10 de Fevereiro de 2005, na sequência de um processo gripal, padece de laringo-traqueíte aguda, pelo que volta à Gemelli. A 24 de Fevereiro de 2005, é submetido a uma traqueostomia, com o fim de facilitar a respiração.

Os últimos dias de João Paulo II

Já com a doença de Parkinson muito avançada, no dia 30 de Março de 2005, surgiu à janela do seu escritório para tranquilizar os católicos, e já era muito evidente o seu estado extremamente debilitado. No último Domingo de Páscoa, o Papa ainda abençoou os fiéis, mas pela primeira vez no seu pontificado não conseguiu pronunciar a tradicional 'Urbi et Orbi'. Às 21h37, hora de Roma, do dia 2 de Abril de 2005, o Mundo parou perante a notícia da morte do Santo Padre mais viajado de sempre. As exéquias fúnebres decorreram na Praça de São Pedro, pela manhã do dia 7 de Abril de 2005. A cerimónia fúnebre durou três horas, sob alta segurança, presidida pelo então, decano dos cardeais, o Cardeal Joseph Ratzinger. Assistiram 2500 convidados, entre Chefes de Estado, primeiros-ministros, e outras personalidades. O corpo de João Paulo II está sepultado nas Catacumbas Vaticanas.

Beatificação

No dia 13 de Maio de 2005, o seu sucessor Bento XVI fez uma exceção à regra do Código de Direito Canônico em relação à beatificação de João Paulo II, tal como este havia feito em relação à Madre Teresa de Calcutá. Abrindo mão dos cinco anos que são dados para o início do processo (que se dá a partir da morte daquele que vem a falecer em fama de santidade).
O seu processo de beatificação foi aberto em 28 de Junho do mesmo ano. No dia 19 de dezembro de 2009, o Papa Bento XVI proclamou-o "Venerável", ao promulgar o decreto que reconhece as virtudes heróicas do Servo de Deus João Paulo II, um importante passo dentro do processo de beatificação que fica aguardando a existência de um milagre realizado pela intercessão do papa polonês [46].
No dia 14 de janeiro de 2011 o Papa Bento XVI aprovou o decreto sobre um milagre atribuido ao Papa Wojtyla, permitindo a sua beatificação[47][48] que acontecerá em Roma no dia 1 de maio de 2011[49]. Desde de junho de 2005 até abril de 2007 foram realizados o inquérito diocesano principal romano e em diversas dioceses, sobre a vida, as virtudes e a fama de santidade e de milagres. Em vista da beatificação, a postulação da causa apresentou ao exame da Congregação para as Causas dos Santos a cura do mal de Parkinson da Irmã Marie Simon Pierre Normand, religiosa do Insitut des petites soers des maternités catholiques. Os peritos se manifestaram a favor da inexplicabilidade científica da cura e a Congregação para as Causas dos Santos emitiu uma sentença considerando milagrosa a cura da religiosa francesa, a seguir à intercessão de João Paulo II. A beatificação de João Paulo II, presidida pelo seu sucessor é fato sem precedentes: Nenhum papa elevou às honras dos altares o seu imediato predecessor.[50]

Homenagens

Estátua de João Paulo II em frente à catedral metropolitana, na cidade do Rio de Janeiro.

Estátuas

Existem várias estátuas em homenagem a João Paulo II espalhadas pelo mundo.
Uma estátua de João Paulo II foi inaugurada em 23 de Fevereiro de 2008 em Santa Clara, Cuba para recordar os dez anos da sua visita ao país. A estátua foi levada como um presente à comunidade católica de Cuba pelo secretário de Estado do Vaticano cardeal Tarcísio Bertone[51]
Em Fátima, que o Papa visitou por três vezes, foi inaugurada uma estátua da autoria de Czeslaw Dzwigaj, de nacionalidade polaca, por ocasião do 90.º aniversário das aparições de Nossa Senhora, celebrado em Maio de 2008. As palavras que o Papa proferiu na Capelinha quando da primeira visita a Fátima, em 1982, estão gravadas na estátua de João Paulo II que se encontra na praça exterior, junto à nova igreja da Santíssima Trindade. A estátua de João Paulo II que retrata o momento de oração na Capelinha, junto à imagem de Nossa Senhora testemunha as Aparições do Anjo e também a actualidade do mistério das três pessoas da Santíssima Trindade.[52] É em bronze e mede 3,5m de altura.[53]
Em 1 de Julho de 2009, a Policlínica Gemelli de Roma, onde o Papa foi internado em nove ocasiões (a primeira, em 13 de maio de 1981, após o atentado sofrido na Praça de São Pedro; a última, em março de 2005 ao final de sua enfermidade) e onde passou um total de 153 dias e 152 noites, inaugurou uma estátua em sua homenagem. A estátua foi construída de um bloco procedente das pedreiras de Carrara, pesando todo o conjunto 47 toneladas e alcançando 4,6 metros. A estátua pesa 18 toneladas e mede 3,05 metros, e tem uma base de cerca de 20 toneladas e uma cruz de metal. Está com os olhos fixos na janela do quarto do 10.º andar, onde o Papa ficava internado e de onde concedia a bênção aos fiéis. A estátua mostra uma imagem do Papa João Paulo II como recordada pelos médicos e religiosas que o assistiram até à sua morte, ou seja, com o rosto e o corpo marcados pela doença que ele nunca quis esconder. Os trabalhos para a elaboração desta escultura demoraram cerca de sete meses, sem considerar os numerosos projectos realizados anteriormente. A cerimónia de inauguração foi animada pela Banda Musical de Armas dos Carabineiros, dirigida pelo maestro Tenente Colonnello Massimo Martinelli.[54]

Praças

Uma praça em homenagem ao Papa João Paulo II chamada Praça do Papa, foi criada em Campo Grande no local onde, em 1991, foi realizada uma missa durante a sua visita à cidade. Existem, também, outras praças com o mesmo nome em Belo Horizonte e em Vitória, em sua homenagem. Ambas se localizam no Brasil. Na cidade de Curitiba também existe um parque em sua homenagem, no local onde o Papa passou quando esteve na cidade. Em Porto Alegre, próximo ao Estádio Olímpico Monumental, há uma rótula (entre as avenidas Erico Veríssimo, José de Alencar, da Azenha e Gastão Mazeron [Cascatinha]), onde está um monumento que lembra sua missa rezada no local. Em Cabo Verde também se homenageou o Papa com uma praceta na Cidade da Praia, a praça "Cruz do Papa", onde se encontra a estátua daquele que abençoou este arquipélago. A localização é estratégica, pois a vista está direccionada para o local onde se realizou a missa em 1990.

Outras homenagens

Na cidade de Mogi Mirim o Estádio de Futebol do Mogi Mirim Esporte Clube recebeu o nome de Papa João Paulo II após o sequestro da filha do ex-presidente do Clube[carece de fontes?].Também é conhecido com um dos Papas mais amados da Igreja e de outras religiões. É também, escolhido pela sua torcida, o padroeiro do Fluminense Football Club, do Rio de Janeiro.

Críticas

O papa foi alvo várias vezes de críticas de vários setores da sociedade. Entre os principais pontos de sua atuação pública que foram questionados estão:
  • Sua defesa de visões conservadoras sobre questões ligadas aos gêneros sexuais, sexualidade, eutanásia e o papel da mulher na sociedade. A revista Time referiu que seu próprio comportamento por ocasião de sua agonia contradisse sua pregação sobre o prolongamento artificial da vida.[58][59]
  • Sua posição ambígua nos escândalos sexuais envolvendo clérigos, favorecendo secretamente políticas de acobertamento e intimidação das vítimas, enquanto a público fazia declarações condenatórias.[55][62]
  • Foi criticado também por praticar a centralização do poder de forma autoritária, revertendo uma tendência liberal e colegiada iniciada por João XXIII. Também encontrou objeções sobre suas frequentes viagens, que teriam deixado a estrutura administrativa da Igreja desamparada em várias crises importantes, além de serem causa de alta despesa para os países visitados.[55]
  • Muitas críticas foram levantadas por grupos que alegaram que as instituições e programas benemerentes da Igreja espalhados pelo mundo eram uma fachada para buscar a conversão de populações não-católicas.[63][64][65]
  • Onze teólogos dissidentes protestaram contra o processo de sua beatificação, baseados no argumento de que suas declarações e atitudes sobre vários pontos eram contrárias aos requisitos formais.[66]

Referências

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  49. Dichiarazione del direttore della Sala Stampa della Santa Sede, P. Federico Lombardi, s.i., sulla data di beatificazione del venerabile servo di Dio Giovanni Paolo II
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O Wikinotícias tem uma ou mais notícias relacionadas com este artigo: Ioannes Paulus II 1920 - 2005
O jornal italiano La Stampa publicou uma reportagem intitulada "Ecco il miracolo di Wojtyła" em que diz que o secretário pessoal do Papa João Paulo II, presenciou um milagre praticado pelo falecido pontífice.
João Paulo II, o Grande, 6 de Abril, 2005


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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